“Precisamos voltar à fonte, à RAIZ, e a RAIZ dos seres humanos são as crianças. As crianças reais que fazem parte da nossa rede, quer sejam as crianças que nós fomos um dia, como as crianças que nascerão a qualquer momento."
Laura Gutman
Precisamos voltar à RAIZ de cada um de nós
Desde a sua fundação, que um dos grandes objetivos do trabalho da RAIZ é a criação de um lugar calmo, seguro e feliz onde crianças e suas famílias se possam conectar verdadeiramente consigo mesmos e entre si. Um lugar onde independentemente da sua origem, estrato social ou crenças/religiões, todos são bem-vindos.
Procuramos reproduzir dentro de portas o que gostaríamos de ver espelhado no mundo: uma sociedade centrada nas relações e no amparo emocional, onde as crianças e suas necessidades e bem-estar ocupem o mesmo lugar de importância que as necessidades dos adultos. Onde crianças e suas famílias tenham mais tempo para se nutrir e cuidar.
Reconhecer o nosso Desenho Original
Todos nós, seres humanos, nascemos vulneráveis, dependentes e imaturos, no entanto, completamente conectados com a nossa própria natureza, que é a de sermos profundamente amorosos. Todos chegamos confiantes e entregues ao mundo, esperando sermos amados, vistos, atendidos e pertencer.
Se o adulto não atende as necessidades do bebé/criança ou as atende de forma desorganizada ou equivocada, o bebé/criança pensará que está errado sentir o que sente e aos poucos vai-se desconectando da sua autenticidade, para atender/satisfazer as necessidades do adulto. Assim começa o desastre ecológico: “Ao tratar mal uma criança, ela não deixa de amar os seus pais, ela deixa de se amar a si própria.” Bert Hellinger
É urgente encontrar um lugar amoroso
Se eu estou em stresse, garantidamente, as crianças a meu cargo estarão em stresse e não serão atendidas nas suas necessidades, porque nem eu próprio me atendo, me sinto, me reconheço. Para haver conexão é preciso haver primeiro um estado de relaxamento e para que o relaxamento ocorra é preciso que exista tranquilidade, auto-observação e que ampliemos o nosso olhar sobre a infância.
Se nós aceitarmos olhar de maneira diferente para o comportamento das crianças, poderemos ver que elas são seres incrivelmente generosos e que nada mais querem do que amar-nos e expressar-nos esse amor a todo o momento.
É urgente remodelar a educação
A educação em Portugal está ameaçada porque ela é, neste momento, a própria ameaça e é preciso muita coragem, de família e educadores, para assumir esta realidade. É preciso parar o comboio urgentemente, ir mais fundo, à raiz dos problemas, e alterar de uma vez por todas este caminho, no sentido de transformar os espaços educativos em locais de verdadeira aprendizagem, alegria, tranquilidade e segurança.
Por um novo eu, um novo nós, num novo amanhã.
O mundo mudou, mas a educação não mudou, porquê?
Há dois séculos que formatamos crianças como rebanhos para decorar em vez de aprender. A educação parou no tempo e já não é capaz de entender, motivar e potenciar as crianças.
De olhos postos no futuro e de mangas arregaçadas para ajudar a construir um mundo mais unido, uma grande família, é com a Comunidade de Aprendizagem Jardim na Floresta que nos propomos a trabalhar na realização do nosso propósito.
A nossa Proposta
Acreditamos que todo o lugar é lugar de aprendizagem, que a todo o momento aprendemos e ensinamos, que a aprendizagem pode ser mais acessível a todos, alegre e natural e que só assim ela faz sentido e por isso entendemos a escola como um espaço para aprender a brincar, onde os objetivos pedagógicos e os conteúdos a aprender são apenas uma referência de partida e o caminho para lá chegar é único, personalizado e à imagem e tempo de cada criança.
Propomos uma abordagem de envolvimento da criança numa descoberta vivencial de situações onde ela é convidada a mover-se, pensar, interrogar-se sobre os fenómenos da vida humana e do funcionamento da Natureza interior e exterior. Propomos um espaço educativo ativo, participativo, com projeto, envolvente e envolvido nas famílias e na comunidade, desafiante e significativo para todos os participantes no processo. Uma espaço educativo que vai muito além das quatro paredes, um laboratório da curiosidade e cooperação, do fascínio pelo conhecimento, da vontade de experimentação e do empoderamento para a resolução de desafios e problemas. Acreditamos que é possível criar um local mágico que ensina a pensar com alegria, curiosidade e espanto, um local que se baseia numa lógica de funcionamento horizontal, em que ninguém fica de fora e ninguém é deixado para trás.
Valorizamos o ensino humanizado, democrático, colaborativo, livre e ecológico, no qual cada criança tem oportunidade de buscar conhecimento por conta própria e produzir algo de novo, único. Um ensino intimamente ligado à Natureza, onde o espaço natural se assume como o próprio recinto de aprendizagens.
Valorizamos uma atuação pedagógica centrada nas relações, no apego seguro e na neurocepção de segurança. Aprender fazendo é o nosso mantra.
Vamos trazer a casa para dentro da escola e a escola para dentro de casa!
Com a nossa pedagogia a criança:
• aprende amorosamente e em segurança;
• aprende respeitando e sendo respeitado;
• aprende em qualquer lugar de forma contínua;
• aprende com alegria e motivação, descobrindo e pensando sobre as suas descobertas;
• aprende em vez de decorar;
• aprende, partilha, questiona-se, empodera-se, empreende, explora;
• aprende outras línguas;
• aprende as suas áreas de interesse;
• aprende no seu máximo potencial.
A paixão pela aprendizagem trará para os nossos ritmos semanais oficinas de Música, Yoga, Meditação, Culinária, Expressão Dramática, Expressão Plástica, entre outras que se verifiquem de interesse.
O Projeto Pedagógico da Comunidade de Aprendizagem Jardim na Floresta é baseado no modelo de aprendizagem aberta do Professor José Pacheco, fundador e dinamizador da Escola da Ponte, em Portugal, e Cofundador do Projeto Âncora, no Brasil, considerada uma das escolas mais inovadoras do mundo; assim como nos princípios da Educação Positiva e da Forest School.
Seremos o primeiro espaço educativo português com ênfase no Apego Seguro.